Lamento por Direitos

Sinistralidade
3 de março de 2018
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Dias atrás ao andar em um UBER, entre uma conversa e outra eu e o motorista falávamos sobre a precariedade e a dificuldade de acesso aos serviços de Saúde no Brasil. Ele falava sobre a dificuldade em conseguir consultas com especialistas e o tempo que leva para conseguir agendar. Também relatou fatos desagradáveis quando da busca por serviços de pronto atendimento ligados à Operadora de Planos de Saúde a qual tem contrato.

Escutando o lamento não me surpreendi, pois essas têm sido queixas comuns de pessoas que pagam para ter um plano de saúde. O que me deixou perplexa, foi escutar desse mesmo senhor que há poucos dias, visitou um Serviço que comercializa um cartão desconto, pelo qual ele pagaria um valor fixo em torno de R$ 25,00 ao mês para poder ter como garantia, desconto em consultas em clínica popular e também exames a um valor diferenciado. Ele empolgado me contava aquilo e externava estar interessado e inclinado a contratar o serviço, tamanha a “bagatela” ofertada!!! Perguntei a ele: “O Senhor então deixará de pagar o seu Plano de Saúde para contratar esse serviço”? Para minha surpresa e até mesmo indignação ele respondeu: “Não, eu vou pagar esse valor por mês a mais, para garantir que quando necessite, possa ter acesso mais rápido”.

Situações como essas são lamentáveis, pois cada vez mais percebemos que as oportunidades identificadas por uns, acaba sendo o grito de socorro de outros.
O acesso à saúde pública deficitário, precário e moroso obriga a população a pagar planos de saúde, a fim de ter seus direitos garantidos de forma digna. Esse por sua vez é regulamentado, fiscalizado pela Agência Nacional de Saúde e mesmo assim, situações como a descrita acima, são comuns.

Os beneficiários são reféns do sistema e recorrem a toda e qualquer oferta a fim de garantir uma segurança que não lhes é assegurada. O clamor tem sido constante, porém silencioso, de forma a não alcançar e mobilizar quem deveria.

O acesso à saúde pública deficitário, precário e moroso obriga a população a pagar planos de saúde, a fim de ter seus direitos garantidos de forma digna. Esse por sua vez é regulamentado, fiscalizado pela Agência Nacional de Saúde e mesmo assim, situações como a descrita acima, são comuns.

Os beneficiários são reféns do sistema e recorrem a toda e qualquer oferta a fim de garantir uma segurança que não lhes é assegurada. O clamor tem sido constante, porém silencioso, de forma a não alcançar e mobilizar quem deveria.

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